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São José dos Campos, 24 de maio

Posted by lizzby on 00:22
Ainda bem que São José dos Campos é perto. Um domingo digno para acordar as 10. Vento na cara e vamos de van lotada. Porque era perto, entouses... namoradas, irmã, prima... faltou só o papagaio ( gente, eu amo vocês, ok? ). A parte boa é que a gente foi rindo a viagem inteira. Mais mulheres que homens em um lugar apertado dá nisso: Era um tal de São José rogue por nós e vamos nessa... e rogue mesmo, porque desta vez soltaram a macaca do Beto Carreiro - que Deus o tenha, amém - no recinto.
Começou com o técnico que resolveu dormir um pouco mais do que a cama e chegar DEPOIS da banda. O baixista veio sem baixo ( precisamos fazer um check in urgente, eu vou deixar o link no final pra quem quiser se inscrever pro cargo) o batera sem o Power Click – se você não souber o que é, pelo menos saiba que sem isso ninguém toca no tempo certo da música – e eu sem cordas.
Ótimo! Sem instrumentos, sem técnico e um super sol em um palco de 12 metros. (Grande aham... ). A parte boa é que se você não tem tudo, pode se contentar em ter o telefone de quem tem, e graças a política da boa vizinhança, conseguimos resolver nossos problemas goldfish.
A passagem demorou mais do que o show. A gente teve basicamente que passar tudo duas vezes. E eu tava boa pra passar tudo duas vezes. Uma porque já detesto essa parte, principalmente quando tenho que passar o meu microfone. Nunca sei o que dizer, tipo: Atenção, teste, 1 , 2 teste A. Estou pensando seriamente em decorar um poema ou um soneto pra não ficar repetindo coisas sem sentido. Apesar que dependendo do poema, o resultado pode vir a ser o mesmo. Eu poderia contar uma piada também, mas acho que não sou boa pra fazer os outros rirem.
Depois da odisséia da passagem, fomos para casa do outro técnico/roadie da banda. Super Duper! O melhor pãozinho com presunto que já comi na vida. Sério. Não sei se foi fome, mas eu passei dos limites... tenho até vergonha de dizer aqui quantos pães eu comi, mas foi de fazer inveja ao café da manhã do Xou da Xuxa http://www.youtube.com/watch?v=_eDiDhepWrM (rs*).
Depois de descansar e rir mais um pouco com nossas ilustres convidadas, voltamos ao local do show. E adivinhem? A lei de Murphy ataca novamente. Dessa vez quem sofreu as conseqüências da missão foi minha querida companheira de todos os sons: Angie. Antes que vocês pensem que alguém bateu em outro alguém, Angie é minha guitarra. Ela tomou um tombo digno durante a oração da banda antes do show começar, desafinou TUDO. OK. Paciência, a lei da gravidade atua sobre TODOS os corpos, incluindo guitarras bonitas que nunca chegaram perto do chão. Mas como essa vida de rock e batata é otimista, pau na máquina, que o show tem que continuar ( nesse caso, começar).
Estava tudo ótimo, a galera cantou, o cara da luz estava com boa vontade, enfim, ENERGIA. Até que na penúltima música, ela resolveu subir no palco: Lei de Murphy novamente. Desta vez, sorrateira e sem dignidade estourou a corda da minha guitarra. Até que meu improviso foi bom, na espera pela troca de cordas. Mas ao fim da música, fiquei surpresa ao saber que ( vide linha 10 deste texto ) estava justamente sem a corda que havia estourado. O triste fim do policarpo quaresma não foi assim TÃO triste.
Pra completar o circo, no bom sentido, é claro, subiu uma fã pra cantar a última música. Pelo menos ela era empolgada, e a agente se divertiu a beça. Caldinho quente pra finalizar o dia. Tôsóopó.com.br

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Anápolis, 16 a 18 de maio

Posted by lizzby on 11:29
Cheguei em Anápolis, que tem esse nome porque se refere a mãe de Maria, Ana, (logo, avó de Cristo, sogra de José... até Deus tem família gente!) polis do latim, cidade... deu pra sacar, não? Enfim, o fato é que eu estava exausta. Cheguei mal humorada, e só conseguia pensar em uma coisa: minha cama. Hotel bonitinho, caminha limpinha, tudo perfeito não fosse a função de ter que acordar para a entrevista na TV as 9. OK: Eram 7 e meia.
Maravilha, acordei com a maquiagem da noite anterior, troquei de roupa e fui tomar café. A galera da organização, feliz e contente, nos aguardava com a maior paciência do mundo. Entramos no carro e fomos para entrevista. TV Tocantins (?) por um momento, achei que estava ficando meio lelé... em Anápolis, a TV local tem esse nome. Esquisito não? É como chamar amarelo de azul, ou chamar gaúcho de baiano. Mas em cinco minutos tudo estava resolvido e apesar da repórter não fazer ideia de quem éramos, foi divertido. Fomos pra rádio, dar outra entrevista, e dessa vez locutor conhecia a banda, fez perguntas pertinentes, e foi muito sensato. Bom assim não é? Fomos almoçar e finalmente, DORMIR. Só que desta vez pegamos as coisas no hotel e fomos pra um convento. Meninas de um lado e garotos do outro... a Madre que veio falar com a gente é a Madre mor! Tipo a Madre mundo... (rs*) Serio! Se você aprendeu a ler e escrever no método “la-le-li-lo-lu” foi por causa dela.
Passada a experiência de tamanha celebridade educativa, descansamos e só acordamos pra janta, que aliás foi DEmais. Além da comida estar perfeita, rolou um MPB de qualidade no pequeno palco do restaurante. Toda a equipe era muito divertida e prestativa.
No segundo dia, era dia de trabalho! Acordamos pra passagem de som, que acabou atrasando um pouco, então voltamos depois do almoço pra completar o serviço. Na passagem, tudo tranquilo, tirando as demoras de sempre. Voltamos pro convento, que desta vez passou a apresentar características um tanto assombrosas. Reparei que nos corredores tinham desenhos feitos a lápis de rostos de crianças mortas e os corredores longos e vazios ecoavam qualquer passo mal dado. Como eu não tinha reparado antes? Acho que era o sono... mas a partir daquele momento começamos a andar em dupla...(rs*) Logo eu que sempre digo:
- Gente morta não me assusta, porque não podem nos atingir, eu tenho medo é de gente viva!
Mas como o onírico da coisa é mais forte que a crença, não custa tomar os devidos cuidados. Descobrimos que no banheiro dos meninos tinha uma tal de “descarga maldita” (ahuauhahua) que assustava qualquer pessoa que se dispusesse a puxar a cordinha. Não tive paciência pra conferir essa beldade, mas me diverti com os gritos de susto no corredor.
O show foi ótimo, 5 mil pessoas interagindo, é realmente algo bonito de se ver. Destaque para o Bruno, baixista da banda, que deu seu melhor discurso. As pessoas realmente respondiam as nossas ações... fico feliz quando isso acontece! Depois do show, fomos conversar com a galera, e dá-lhe conhecer gente nova! Fomos jantar lá pelas 3 da manhã. Só alegria. No dia seguinte, van para o aeroporto de Brasília e algo curioso sobre embarque em avião:
- Porque raios, a pessoa que está com a poltrona de número 25, entra no avião e vai andando devagar e olhando pras indicações desde o primeiro acento?


Pausa para pensar e refletir.

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Valparaíso de Goiás, 15 de maio

Posted by lizzby on 11:45
Adoro quando consigo dormir antes de pegar a estrada e dessa vez, tivemos a incrível sorte de estar de pé só as 5 da matina! Legal aquele friozinho básico e cheiro de aventura. Mentira! A verdade é que fui caminhando feito um zumbi até a van, e basicamente acordei na parada do café. Pra começar bem o dia, surgiu uma breve discussão sobre o “antônimo de obrigado”, (pra começo de conversa eu não ouvia essa palavra, há anos, mas ainda lembrava o significado). Ao fim das contas, rimos tanto que o assunto apertou a tecla do random select e ninguém mais quis chegar à conclusão alguma.
Destino do voo: Brasília. E Guarulhos dessa vez, já me reconhecia como filha. Depois de passearmos pelo aeroporto, perdermos metade dos integrantes da banda e passarmos 3 vezes em frente a mesma loja da Lacoste, chegamos ao portão de embarque, felizes e contentes! Eu dormi. Chegando ao nosso destino, assim que cruzamos a porta do saguão, o pessoal da organização já estava nos esperando e fomos pra Valparaíso, que fica uns 40 e poucos quilômetros da capital.
O almoço estava ótimo, e a passagem de som nos aguardava com muitas surpresas. Fiquei esperando o sinal de alerta, pra gente ir depressa ao local do evento, passar o som e voltar pra descansar, mas já que o lance estava demorando, resolvi tirar um cochilo. E como já é bem dito nesse blog, a lei de Murphy me persegue. Obviamente assim que encostei a cabeça no travesseiro:
- Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae negada, a van chegou pra gente ir pra passagem!
Ótimo, porque eu não levei um susto, e não fiquei automaticamente irritada. Cheguei disposta no local do show. O palco era ao ar livre. Começou a chover. Seis pessoas dentro de um carro. Eu amo a minha banda! Quando São Pedro deu uma trégua, subimos pra tocar o terror. (rs) Haviam dois palcos, um pra cada banda, então teoricamente tudo seria mais rápido e tranquilo. Montei meus equipamentos, tirei a guitarra do case e deixei tudo preparado pra começar a tocar, quando de repente começou a chover novamente, só que desta vez era só nego puxando retorno pro meio do palco e correndo como doido pra não ser atingindo pela água. Acabou que ficamos uns 40 minutos ilhados no meio do palco com toda a bagulheira da banda empilhada. Nada pra fazer, pode gerar coisas surpreendentes: o nosso técnico começou a puxar um sambinha na bateria, o resto do pessoal catou o que tinha por perto e fomos emendando uma musica na outra... a banda de rock mais fake do mundo? Não, não... a gente de fato gosta de música brasileira, e há rumores que quando tivermos 30 anos de estrada, o beatrix vire um quinteto de Jazz Bossa.
Passada a odisséia da passagem, (adoro aliteração), fomos jantar e fazer aquelas básicas necessidades de sobrevivência, porque apesar de rock, a gente é limpinho. O show estava com o som perfeito: pesado e limpo. Gosto quando isso acontece, apesar de serem raras as vezes. Mais ou menos 6mil pessoas habitaram o pátio do show, isso é claro, porque além da gente, lá estavam nossos camaradas do Rosa de Saron, que com todo esse lance de Globo e Som Livre, estão com um público bem diferente do de costume.
Rumamos pra Anápolis de carro. Acreditem, não foi uma das melhores experiências da minha vida, não só porque viramos a noite sem dormir, mas porque tive que agüentar a discografia do Bom Jovi no talo e o motorista do carro, que não parava de repetir que enxergava 4 pistas, ao invés de duas. Pra completar a saga Jedi, tínhamos entrevista na TV, 9 horas da manhã na outra cidade. Os bonzinhos sempre se f... e fico pensando se não era mesmo a do Luke passar para o lado negro da força...

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São Paulo > Cachoeira Paulista, 8 de maio

Posted by lizzby on 00:48
O dia foi tenso: 43 horas acordada. Peguei o avião em Maringá 6 e pouco da madrugada, pra chegar em Sampa só perto das 9:30, resultado da maldita conexão. Sabe eu ODEIO conexão, principalmente quando você tem que passar pelo raio X. Mas desta vez eu estava com sorte, fui direto pra sala de embarque! Passado o fantasma de ser tratada como terrorista, fui tentar tomar um café enquanto esperava o meu voo. Uma fila gigante, pra no final a atendente me dizer que não aceitavam cartão. Ok, eu não tinha um puto, mas eu merecia um café! Vou fundar uma ONG. Quando cheguei em Congonhas encontrei meu carona. Fui imediatamente avisada que teríamos de passar da Santa Ifigênia e depois no Mercado Municipal.
– Que alegria, bater perna numa rua lotada de gente naquele momento, era o meu sonho de criança!
Mas como sempre pré disposta às novas experiências, juntei o que tinha de força pra ficar com cara de contente. Aproveitei pra comprar porcarias eletrônicas na Sta Ifigênia, e como é incrível esse lugar! Eu já tinha ido várias vezes, mas como é a primeira vez que escrevo sobre isso, aproveito pra indicar. Lá você realmente encontra de tudo, desde Açaí Express até TV de 50 polegadas Full HD roubada. É ótimo pra você se empanturrar de jogos do PS2 piratas e pen drives de 32gb dos quais funcionam apenas 8gb. Se você tiver sorte compra DVDs virgens baratos e as últimas novidades da tecnologia. Sem mencionar a quantidade de pessoas bonitas na rua, eu passei correndo pelo meio dos carros pra sair o mais rápido possível. Por favor, não me levem a mal, é que eu estava horas sem dormir e ainda pensava no café que não tinha conseguido tomar.
Seguindo viagem, fomos ao Mercado Municipal. Logo na entrada lembrei dos tempos de criança quando conheci São Paulo nas viagens que fazia com meu pai. As frutas bonitas e a arquitetura antiga do espaço são mesmo muito empolgantes! Paramos pra almoçar. Comi HORRORES. Automaticamente meu humor melhorou. Fomos até a barraca do Borges, que é um cara super simpático que nos atendeu muito bem. Experimentei todos os patês da loja, provei queijinhos e outras iguarias a vonts. Conclusão: voltei pra Cachoeira Paulista rolando.

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São Paulo SP >Curitiba PR, 5 de maio

Posted by lizzby on 00:16
Peguei uma carona até Sampa com uma amiga que no mínimo pode-se dizer interessante. Ela me contou no caminho que não ouvia mais música.
(Pausa para pensar)
Ok. Como assim, não ouve mais música? Ela simplesmente disse que não tinha mais nenhuma preferência musical e que estava cansada de tudo que tem hoje, que ela ligava o rádio e deixava rolar o som, mas não prestava atenção em mais nada.
Bom, deixe-me explicar algo sobre ela, e talvez alguém passe a compreender esta curiosa opinião. A pessoa que me deu carona é uma mulher um tanto importante nos bastidores do show business brasileiro e ela está sempre por trás das grandes produções que vem ao país, como os shows do Radiohead, Madonna, Rolling Stones e tudo quanto é show nacional que utiliza da tecnologia que ela vende. Obviamente perguntei o motivo, foi quando ela me olhou e disse:
- Eu vejo tudo de muito perto, sei quem tem talento de verdade e sei quem é pura enganação.
Obviamente não vou citar aqui tudo que ela me contou, já que não faz parte da intenção desse texto, mas digo de antemão que ela tem quase razão. Fiquei meio chocada pensando em como a gente se decepciona um pouco com as pessoas e com as coisas quando enxerga o que elas realmente são. Sonhar e fantasiar é bom, faz a gente acreditar em coisas que funcionam no nosso imaginário, a gente se empolga e vê tudo mais colorido. Penso que o ser humano necessita do ideal, respira aquilo que almeja porque sonhar não custa dinheiro, e não precisa ser dividido em vezes no cartão. É quando você pode ser honesto consigo, porque o pensamento é algo íntimo e justo. Mas também pode ser uma dose de mentira sincera. As pessoas são pessoas certo?
Mas seguindo viagem, depois de pegar metrôs, taxis e ônibus, finalmente cheguei ao meu destino: Aeroporto de Garulhos. Acho que ele já estava com saudades de mim, porque a última vez que nos vimos foi em dezembro do ano passado, na gravação do dvd de uma banda da gravadora. Fui fazer o check in e tomei um susto quando foram emitidos dois bilhetes: São Paulo – Curitiba e Curitiba-Maringá.
- Ok Lize, é só uma conexãozinha. Vida divertida essa, direto pra Maringá são 45minutos e passando em Curitiba o dobro do tempo... vai entender que raio de volta esse avião dá, mas vamos nessa!
Chegando em Curitiba, me perdi na saída e fui parar na entrada. Como tudo no aeroporto é pertinho, tive que andar quilômetros até achar a sala de espera. Olhei no relógio e batiam 23:45. No bilhete o embarque era 23:40. Pânico. Era o ultimo voo e se eu perdesse teria de dormir no aeroporto, além de ter que pagar as deliciosas taxas de NO SHOW, taxas de remarcação, taxa e mais taxa. Corri até o raio X e passei a bagagem de mão com cara de pressa. Mas é claro que a lei de Murphy resolveu atuar sobre os corpos presentes:
- Senhora, por favor, poderia retirar o computador da sua mala? Encontramos um objeto estranho no visor. – A mala passou na esteira pela segunda vez.
– Senhora, ainda tem algo estranho na sua bagagem... – A mala passou pela terceira vez . Eram 23:50. Adeus avião! Adeus vida, já comecei a pensar na Krakóvia, no Thom Hanks e como ia fazer pra tomar banho na sala de espera. Até que a mocinha viu que eu estava com cara de atrasada e resolveu passar a mochila pela QUARTA vez! Eu comecei a pensar se eu realmente não estava carregando algo ilícito na mala, tipo um super canivete suíço ou uma bomba nuclear caseira. Juro que se fosse a bomba, tinha apertado o botão exatamente naquela hora. Inferno. Eu sei que tem a tal da cota de empregos, mas não precisa por a menina que tem 10 graus de miopia no monitor no raio X! A essa altura do campeonato, eu nem queria mais ver o relógio, tava mesmo era querendo pegar o objeto estranho e enfiar na...
– Senhora! Acho que foi um engano, era a bateria do seu celular! Obrigada e desculpe pelo transtorno!
Fiz cara de tudobemjatoferradamesmo e sai CORRENDO. Afinal é por isso que os corredores têm esse nome! Cheguei ofegante até a mesa na entrada do embarque, mostrei o número do voo pro atendente e adivinha? O meu voo tinha mudado de portão. Corri para sala do lado oposto, na esperança de alcançar a porta em tempo, quando soa a seguinte mensagem: - O voo 1566 com destino à Maringá está atrasado em meia hora devido as condições do tempo.
Não preciso mencionar que era justo esse o meu voo, certo? Apesar de já ter vindo N vezes à Curitiba, essa foi literalmente uma visita rápida. Sentei e fui tomar café. Quando cheguei em Maringá quase 2 da manhã, deixei a máster na produtora e rumei pro hotel. Vida louca vida.

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Maringá, ali no Paraná, 22 de abril

Posted by lizzby on 22:48
Nova em folha, a cidade planejada de Maringá parece mesmo um grande parque de árvores. As ruas são todas tão iguais que só mesmo lendo as placas para conseguir se situar. Têm poucos prédios altos e possui um parque ( do tipo cheio de mato ) cravado no meio do centro. Pessoas felizes. Felizes demais. Felizes pelas ruas, no balcão das lojas e lanchonetes, a maioria dispostas a ajudar! Um verdadeiro sonho pra todo pseudopaulista que acorda bem contente na orla cinzenta de cada dia. Tudo uma maravilha, não fossem as pessoasfelizespelamanhã. Sabe o que é? Eu sou rabugenta até as dez. Porque não há condições humanas de uma pessoa acordar CEDO e estar feliz ao mesmo tempo.
A coisa mais interessante que percebi, foi a quantidade de farmácias... sério! Chegam a 3 ou 4 na mesma rotatória. Agora me expliquem, (please!) porque na minha concepção, um lugar que possui mais farmácia do que bares, só pode ser uma cidade de pessoas mais velhas.Ok. Não é uma conclusão la muito estatística, mas segunda a ordem de Lize B, é assim que funciona. Quanto mais farmácia mais remédio e quanto mais remédio mais doença... enfim, acho que deu pra sacar...não é? E isso tudo é claro, seria comum se a cidade não tivesse apenas 60 anos, o que torna o fato ainda mais curioso.
Mas só pra variar um pouco, resolvi pensar melhor nesse assunto de farmácia e gente hipocondríaca. Entrei em uma farmácia, e é claro, como toda a mulher que se preze fui direto na balança. E para a minha surpresa, aparece no visor: 53,5kg. MORTE. – Como assim? Tudo bem que eu não estou gorda, mas isso são 3 kg acima do meu peso! Então começa a sessão remorso... você pensa em tudo o que comeu durante a semana, você pensa TUDO menos que a balança pode estar errada. Naquele momento resolvi afogar as mágoas em uma barra de chocolate. Claro! Já estou uma baleia mesmo, então o que é que uma droga de doce vai mudar? Foi então que percebi que a farmácia já não era mais uma farmácia! Ela estava disfarçada de loja de conveniência. Sim! As farmácias são lojas de doces, lanchonetes e se você quiser fazer a compra do mês por la, dá pra quebrar um super galho...conclusão: Maringá não possui nem farmácias, nem ruas, nem balanças que funcionam e nem pessoas de verdade. Surrealismo urbano?
Eu passei uma noite andando por alguns quarteirões, almocei duas vezes no japonês-chinês-coreano-seilaoqueoriental ,visitei o tal do shopping Avenida, fugi da febre amarela que atacou os macacos do parque e assisti uma comédia romântica pra dar uma relaxada. Afinal ser intelectual, dói!

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São Francisco de Itabapoana RJ, 2 de maio

Posted by lizzby on 15:07
Passei a semana toda tentando decorar o nome da cidade. Uma amiga me disse: - Olha, na dúvida, você vai ao microfone e grita: DAE SÃO CHICOOOOOOO! Eu ri, e pensei ser uma forma interessante de não pagar aquele mico...
Entrei na van de madrugada e acordei meio tonta, com aquela lua na cara. Sim! A van não tinha cortinas, então você acorda automaticamente assim que o sol se levanta. Olhei para fora e vi um canavial imenso, fiquei imaginando se o Smallville se passasse no Brasil. O Clark Kent correria pelo meio da cana e chegaria muito doido em casa. Quando se transformasse no Superman, a roupa seria verde e amarela, e é claro, nas costas estariam impressas os logos dos patrocinadores.
Mas infelizmente a plantação imensa de cana não pertencia ao nosso destino. São Chico de algumacoisa ficava mais além, muito mais além! Dormi de novo. Acordei num boteco de posto pra tomar café da manhã e adivinhem? Comi o melhor pão de queijo do mundo. Eu quase perguntei se tinha croisant de chocolate, mas achei que já excedia a cota. De volta ao veículo, ouvindo a Aretha fazer o jazz ficar simples de cantar, vi uma placa: Seu destino a 29 km! Ótimo, porque a essa altura do campeonato, minhas costas já estavam boas para um destino próximo.
Avistei um portal e quando chegou perto pude ler a placa de boas vindas. Alegria geral da nação. - Quero comer e tomar um banho! - Engraçado como nessas horas as coisas mais simples da vida fazem TODO o sentido. O hotel, era no mínimo curioso: A recepção ficava do lado contrário da rua. Sim! Se você tivesse que resolver um problema com o chuveiro teria que desfilar de toalha. Ok. Fomos almoçar, e logo que entramos no restaurante percebemos que o DVD do Rosa de Saron estava sendo exibido no recinto. Não preciso dizer que além dessa feliz coincidência, a música que começou a tocar era justamente a que a vocalista da banda canta. Ou seja: - Tumultoooooooo...
Depois do almoço rolou uma visita na praia. Como os meninos da minha banda são muito educados, eles não tomaram banho de cueca no mar. Eu comprei um coco. Voltamos no hotel e fomos passar o som. Depois de banho tomado – sabe aqueles chuveiros que você têm que ficar cercando os pingos? – Voilá! Fomos pro momento tão esperado. O show era numa praça, centro da cidade, na frente da paróquia. A galera era meio diferente do que a gente estava acostumado, mas não tinha mais jeito. Quando meti a mão na guitarra...foi como se as baratas fugissem do Rodox. SUMIU TODO MUNDO da frente do palco.(rs) Detalhe: sempre há show para o bêbado da franquia “Toca Raul”, e ele ficou lá (não tão) firme e forte. Achei incrível como realmente existe gente que não gosta de rock. (?) O pessoal da organização era muito divertido e prestativo. Curti horrores! Afinal a gente tem que ser ao menos feliz, não é mesmo?

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