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Manaus – AM, 21 de agosto

Posted by lizzby on 18:15
Não é todo o dia que a gente cruza o país pra fazer um show de uma hora. Penso que esse relato é especial, pois foi uma experiência de quase morte. (rs*) Começando pelas poucas e boas 4 horas de viagem até o aeroporto Viracopos em Campinas. O voo era de Azul, que pra quem ainda não teve esse prazer, uma aeronave Embraer, portanto produzida em território brazuca que mais parece um mini avião, com duas fileiras de cada lado balançando sem parar até o anoitecer. Pra quem não tem medo de altura, é super tranquilo!
O voo durou nada mais nada menos que 3 horas e meia. Sorte a nossa que os bancos são de couro e as luzes da cabine são reduzidas para o nosso maior conforto. Na realidade, atrasa uma hora em relação ao horário de Brasília, então sabe-se lá deos pra onde foi essa hora que ficou sobrando. Chegamos no hotel felizes e dispostos, com todos os equipamentos MOLHADOS. Porque eles não estão nem Azul para a sua bagagem. Eu (vulgo Thiaguinho) registramos uma reclamação que foi redigida no sistema. (hein?)
Acordei com dor de garganta. Na realidade eu já estava me sentindo indisposta, primeiro porque havia tomado vacina contra a febre amarela, e em 00000,1% dos casos existe reação. Eu fui premiada, claro. Segundo pela diferença básica de temperatura: você sai de Campinas 19 graus diretamente para Manaus 40 graus... eu achando que o nordeste era quente. Mesmo assim, minha sede de aventura não passava. Eu queria ver uma zebra! (mentira.) Eu queria ver o teatro Amazonas, com seus belos 800 lugares provindos do século XVII pagos com a fortuna da borracha. Recomendo. Desde a riqueza dos detalhes, às pinturas realistas tridimensionais... um espetáculo a parte! Chorei.
Fomos almoçar, aliás estava ótimo, uma pena eu não conseguir desfrutar do sorvete de cupuaçu, iguaria da cidade. Eu tava mal mesmo, do tipo morrendo. A parte engraçada é que com a maldita Influenza, qualquer resfriado se torna mortal e inconcebível. Um mísero espirro é capaz de esvaziar a fila do banco e deixar o entorno de pessoas aflitas. Afinal, como diz José Serra, tem que cuidar com os porquinhos: http://www.youtube.com/watch?v=_z97MhLvWsI
Eu sabia que se aparecesse naquele estado no hospital, nego iria me internar e eu não teria condições de aparecer no show. O lance foi arriscado, mas eu não tinha febre e sabia da reação da vacina. Fiquei de molho no hotel e só apareci na hora do show. Quando o pessoal chegou pra me buscar eu estava melhor, mas ainda cansada da gripe. O show foi muito legal, a galera cantou, como tem acontecido ultimamente, fico sempre impressionada em como a música vai longe, além do que se possa imaginar.
Depois de conversar com todos, voltamos pro hotel. Eu ainda mais cansada, porque não pude fazer o show do tipo “estou doente” e obviamente pelos poderes de Greyskull usei das minhas últimas forças. Queria muito ter acordado cedo pra ver o encontro das águas, ou uma girafa em plena avenida, mas não teve jeito, eu realmente precisava descansar.

ps* pra quem colocou o nome na lista das muambas, foi mals ae... vou repassar para o departamento e vocês terão seu dinheiro de volta.

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Currais Novos – RN, 7 de agosto

Posted by lizzby on 17:19
Adivinhem só quem resolveu me atacar novamente?
A recepcionistadistraída.com.br. Eu juro que eu tento ser cordial, manter a paciência... mas elas estão de marcação comigo, estou sendo atacada e isso é sério pessoas! Eis que entro no hotel, com a maior boa vontade do mundo, morrendo de fome, cansada de viajar pelo sertão de apenas 40 graus e buracos do tipo cratera na estrada, e a recepcionista me entrega a chave dizendo: - Siga aquela moça, até o quarto, ela vai te mostrar onde fica. Eu fui atrás dela, conforme o combinado. Nós atravessamos um corredor, passamos pelo restaurante, outro corredor, uma porta “somente funcionários” e chegamos na cozinha.
Pausa para pensamento miojo:
a) O conceito de hotel de Currais é totalmente inovador, você dorme na cozinha
e já acorda no café;
b) Fui distraída pelo porco voador que distrai as pessoas na fila e segui a pessoa errada;
c) A assistente da recepcionista era surda e resolveu dar um passeio com a gente;
d) NDA.
Resposta certa na página 4.
Quando consegui chegar no quarto, aproveitei pra acertar o joelho na quina da cama, só por reconhecimento de local. Dois segundos depois fomos para um programa de TV, que basicamente foi uma experiência extraterrena. O apresentador era uma mistura de Serginho Groisman com o Sílvio Santos e traços sutis de um pastor de igreja evangélica tradicional. Fiquei de cara com o “do it yourself” da produção do programa, que usava 3 handcams JVC na transmissão e uns tules coloridos espalhados pelo cenário.
Começou a juntar uma galera na área técnica do estúdio, que foi lotando, lotando... Eu comecei a procurar a nave da qual eu havia acabado de sair. E só pra não perder a piada, colocamos o produtor pra dar entrevista. Tocamos umas 3 músicas e sorteamos as cartinhas das pessoas que estavam assistindo o programa. Foi no mínimo, divertido!
Quanto ao show, fiquei impressionada com o pessoal, que era super empolgado, cantaram e pularam em todas as músicas, e o som estava ótimo, porque desta vez teve tempo hábil pra passagem.

*fotos do RN: http://www.flickr.com/photos/codimuc/3815710918/in/photostream/

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Caicó – RN, 6 de agosto

Posted by lizzby on 12:06
Em Caicó existem 3 estações do ano: calor, quentura e mormaço. Sair da van tornou-se uma passagem pra fornalha. A entrada da cidade era super simples, bem como as casinhas e a expressão das pessoas. O povo do Nordeste é muito solícito e generoso, é incrível como os que menos têm são os que mais se esforçam para dar.
Fomos pra rádio antes mesmo de almoçar e a radialista era divertida, a entrevista foi ótima e na saída o sorveteiro distribuiu sorvete pra galera da banda. Depois fomos almoçar e rumamos pro hotel, que se escondia no meio do sertão... tudo era muito bem organizado e pra completar, com uma vista linda de cima da cidade.
Fomos pra passagem e descobrimos que nosso palco ainda não estava montado. O show era de abertura para o Rosa de Saron e claro, era de se esperar que a atenção estaria apontada para os novos queridinhos da Som Livre (rs).
Na parte da tarde foi dureza, o sol estava de rachar e o nosso pessoal da técnica passou a tarde alinhando o equipamento, carregando e montando coisas. A gente chegou no fim da tarde pra passagem de som. Infelizmente a lei de Murphy resolveu dar as caras e provar que é mais forte que a nossa boa vontade: o PA queimou. Quer dizer... sem o PA não tem som e sem som não tem show. – E agora quem poderá nos ajudar?
O Chapolin não quis sair do ar condicionado, mas graças ao bom Deus, apareceu uma boa alma de um técnico que resolveu o problema. Uma pena que resolveu tarde demais. Então eles inverteram a ordem das bandas: primeiro Rosa de Saron e fechando, Beatrix. Imagine só que divertido... quem ficaria para o show de uma banda desconhecida?
Por incrível que pareça, quando acabou o show do Rosa, ainda sobrou uma galerinha pra ver a gente. Fiquei feliz em saber que no interior do Rio Grande do Norte alguém conhecia nosso trabalho. Depois do show fomos conversar com o pessoal e pra finalizar, hotel de novo.

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Natal – RN, 5 de Agosto

Posted by lizzby on 11:18
Há tempos que não dormia ansiosa por alguma coisa. Sabe aquela sensação de quando você tem 12 anos e vai viajar com a escola no dia seguinte? Eu realmente esperei por essa viagem, e tenho bons motivos pra dizer que valeu muito a pena.
O embarque foi incomum, saímos 23:40h de Garulhos pra chegar lá pelas 3h da madrugada. Como todo bom paulistano adotado, estava embrulhada de casacos. Resultado: cheguei em Natal no modo cebola, fui tirando as camadas. Acreditem, 3h da manhã ainda está calor e isso porque ainda é inverno.
Fomos para o hotel que era super simpático, perto do mar e com uma piscina considerável. Mas preciso fazer um protesto contra os recepcionistas de hotel que não sabem especificar aonde os quartos se encontram. Eu tinha uma mochila, uma mala gigantesca, uma bolsa e como se não bastasse, uma guitarra. Pesada. Perguntei: - Moço pra que lado fica o quarto 25? Ele respondeu:
- Vire ali à esquerda e siga reto na porta...
Segui reto na tal da porta que dava em uma escada e um corredor. Fui andando e procurando pelo número: 14, 15, 16... mas acontece que arquitetura do local é do tipo “foi sendo construída”, transformando o ambiente em um labirinto. Subi e desci escadas e quando exaustivamente cheguei ao fim do corredor e a porta marcava 24. Ótimo. Voltei na recepção e descobri que o quarto era do lado oposto ao indicado. MinicursoGPSpararecepcionistas.com
Na manhã seguinte fomos conhecer a cidade. Se existe paraíso na Terra, fica em Natal, porque é realmente incrível, com praias e paisagens lindas que parecem ter sido esculpidas centímetro a centímetro. Fomos ver o maior cajueiro do mundo que ocupa um espaço de quase um hectare e comprar mini coisinhas de lembrança ( aquelas garrafinhas de areia colorida). O almoço foi perfeito: camarão de tudo quanto é jeito, frito, à milanesa, com catupiry, cozido, com molho... ADORO.
Depois de ver os golfinhos fazendo graça nas falésias ( vide: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A9sia) fomos pra rádio divulgar a banda. Banho de piscina de noite e uma vista maravilhosa pela manhã... não quero mais nada nessa vida!

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Criciúma – SC, 20 de junho

Posted by lizzby on 14:47
O ministério da saúde adverte: trabalhar na produção de shows, eventos, filmes e DVDs musicais em excesso é prejudicial a saúde física, mental e por vezes moral.

Produtor, do latim: pessoa ou ser vivo sem noção que não tem amor a vida comum.*


*Quem tiver dúvidas, é só acessar a wikipedia.

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Americana – SP, 18 de julho

Posted by lizzby on 22:44
Fui até a rodoviária do Tietê em São Paulo e enfrentei uma pequena fila pra comprar a passagem. Descobri que depois de passar 27 minutos em pé, com alguns quilos de bagagem, que não aceitavam cartão de crédito. Fiquei em estado de choque e pra completar a façanha, em descrédito com o tio do balcão. Era isso ou ia me atrasar.
Me atrasei. Passei mais uns minutos tentando fazer a porcaria do meu cartão funcionar. Porque a minha nova saga é o cartão que não funciona, tudo bem que já esqueci ele pelo chão, já chutei e pisoteei o coitado, mas dignidade também vem a calhar.
Depois de passar uma semana em Sampa por causa do curso que estou fazendo, cai de paraquedas em Americana. Tenho muitos amigos nessa cidade e ela já não me é estranha, com exceção do lugar em que fomos tocar: aonde Judas perdeu não somente as botas, como as cuecas e meias. (passa na Renner, Judas!).
Cheguei no hotel caindo de sono, mas já era a famosa hora de passar o som, então larguei as malas e viajamos até o local do show. Eu disse vi-a-ja-mos mesmo. Foi tudo tranquilo apesar da distância e por incrível que pareça, dessa vez só esqueci o transmissor ligado e perdi as baterias. Coisa de 9 volts e nada que 10 reais não resolvam...
Depois do banho, ficamos esperando o pessoal da organização nos buscar pro show. Fiquei sabendo que iriam rolar outras duas bandas antes e que o jantar ia atrasar. Quando chegamos no ginásio, tinham poucas pessoas, e então me lembrei do comecinho da banda, quando aquele tanto de galera era uma SUPER galera... naquele momento achei que o show não ia ser dos melhores, mas sabecomé, Deus tem suas surpresas e eu tava esperando pra ver.
O show foi realmente ótimo, as poucas pessoas que estavam lá, grudaram no palco e cantaram TODAS as musicas, foi bastante EMOcionante. Sempre me empolgo quando isso acontece. Depois fomos conversar com o pessoal todo e foi bem divertido, coisa de garagem de casa, saca? De vez em quando é bom por os pés no chão e sacar que a multidão nem sempre é o que importa. Como eu sempre digo: qualidade é melhor que quantidade.

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